‘Harry & Meghan’: 5 episódios (reais e imaginários) do filme sobre o casal real

A produção do canal Lifetime – feita para a TV – conta a história do romance do príncipe britânico com a atriz americana, desde o primeiro encontro às cegas até o inesperado pedido de casamento na cozinha.

Scarlett Lacey, que assina o roteiro com Terrence Coli, contou à revista “Entertainment Weekly” que a história foi escrita em duas semanas após o anúncio do noivado, em novembro de 2017.

A história de amor é salpicada com cenas da infância de Harry (Murray Fraser) e do passado de Meghan (Parisa Fitz-Henley). E, é claro, há boa dose de imaginação em todo o enredo.

Veja, a seguir, cinco pontos reais e imaginários da história (com um monte de spoilers).

Uma das primeiras cenas mostra os irmãos William e Harry na África com o pai, o príncipe Charles, logo após a morte da princesa Diana, em 1997.

A viagem aconteceu na vida real. Charles levou os filhos à África na época para “fugir de tudo”, contou Harry à revista “Town & Country” em 2017. Foi então que o príncipe se apaixonou pelo continente – Botsuana foi um dos primeiros destinos do novo casal real.

Harry é apresentado no filme da forma mais previsível possível: como um príncipe baladeiro, tomando champanhe em uma boate. É verdade que ele já teve seus tempos de farra.

Desde que deixou o Exército, em 2015, porém, Harry manteve-se longe dos tabloides. Estava querendo sossegar o coração, segundo disse à revista “People” Duncan Larcombe, um ex-repórter da realeza que viajou com o príncipe durante boa parte do início dos anos 2000.

Já Meghan é mostrada na história como uma idealista desde a infânia. O filme narra, por exemplo, um episódio real em que a americana, aos 11 anos de idade, envia uma reclamação a uma fabricante de detergentes que lançou um comercial voltado apenas às mulheres.

Pouco depois, a empresa mudou seu slogan de “mulheres de toda a América estão lutando contra panelas e frigideiras engorduradas” para “pessoas de toda a América estão lutando contra panelas e frigideiras engorduradas”. A atriz contou a história em discurso em uma conferência da ONU.

No filme, Harry e Meghan se conhecem em uma espécie de encontro às cegas, que bate com o que aconteceu na vida real. Os dois contaram que sabiam muito pouco um do outro antes de se verem pela primeira vez.

“A única coisa que eu perguntei quando ela [uma amiga em comum dos dois] disse que queria nos apresentar foi: ‘Bem, ele é legal?'”, contou a atriz em entrevista à BBC após o anúncio do noivado.

Harry disse nunca ter visto a série “Suits”, que tinha Meghan no elenco – ela se despediu da trama em abril.

Um dos pontos fantasiosos do roteiro – ou que nunca foi confirmado – é um breve rompimento do casal, causado por uma declaração pública de Harry.

Em novembro de 2016, ao confirmar o namoro com a atriz, o príncipe criticou o que chamou de abuso racista e sexista sofrido por Meghan desde que começaram a circular as primeiras notícias sobre o relacionamento.

O comunicado dizia que Harry estava “preocupado com a segurança” da namorada e “profundamente desapontado por não ter sido capaz de protegê-la”.

Na ficção, Meghan fica furiosa com o tom da declaração, que a teria colocado na posição de “donzela em perigo”. Em contraste, o filme mostra Kate Middleton chamando o texto de “a coisa mais romântica que já li”.

O conflito se encerra com uma clássica cena de reconciliação no aeroporto – digna de comédia romântica dos anos 1990.

Ninguém se casa com o príncipe sem o consentimento da rainha, certo? Então lá vai Meghan conhecer Sua Majestade.

No encontro, ao descobrir a profissão da nora, Elizabeth II pergunta se a atriz tem algum papel em “The crown”, série sobre seu reinado. Aliviada com a resposta negativa, ela brinca: “Então não vou ter que te jogar na torre!”.

Uma pena o episódio ter acontecido só na ficção – ao menos nos registros oficiais.