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TCE-PI sugere aumento da passagem de ônibus congelada há cinco aanos para quase R$ 10 em Teresina

O engenheiro Antonio Santana enfatizou a necessidade de recuperar a credibilidade do sistema. “Teresina está em uma situação muito complicada; o sistema está praticamente destruído.

O prefeito Silvio Mendes vai enfrentar um dos primeiros embates em sua gestão nesse começo de mandato. O possível aumento nas passagens de ônibus que fazem linhas na capital de Teresina. Nesta segunda-feira (27/01), Silvio Mendes participou de uma reunião com a STRANS para discutir melhorias no transporte público de Teresina. Durante o encontro, Mendes comentou a sugestão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para que a tarifa subisse para R$ 9,80. A reunião teve como foco a busca por soluções para modernizar o sistema, considerado o pior entre as capitais do país.

“Essa é uma reunião para buscar soluções para o transporte coletivo na cidade. De todas as capitais, temos o pior sistema. O Santana foi quem fez o nosso transporte coletivo, o tempo passou e agora precisa ser atualizado”, afirmou o prefeito.

A tarifa de ônibus em Teresina está congelada há mais de cinco anos. Atualmente, o valor da passagem inteira é de R$ 4,00, enquanto a estudantil custa R$ 1,35. Cerca de 2,5 milhões de pessoas utilizam o transporte mensalmente. Mendes ressaltou que qualquer ajuste no valor será debatido com várias instituições. “É preciso saber qual é a tarifa suportável pela população. Não será uma atitude unilateral da prefeitura. Vamos convidar o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público, as lideranças comunitárias e a Câmara Municipal de Teresina para que todos participem dessa discussão. O Tribunal já fez um cálculo de um valor bem acima da capacidade da população pagar, de R$ 9,80, e ele é inviável”, explicou.

O prefeito também abordou o subsídio pago às empresas de transporte. “Já pagamos no início do mês R$ 4.750.000. Essa é a pergunta: esse é o valor? Foi um acordo que estou honrando, mas que não foi feito por mim. Então, essa dívida, que inclusive está judicializada, não é do tamanho que estão dizendo. Temos certeza de que ela é bem menor. Os fatos precisam ser colocados como são. A régua é da prefeitura e quem faz as contas é a prefeitura. E isso será colocado a conhecimento público”, destacou Mendes.

Fiscalização e credibilidade

Silvio Mendes garantiu que haverá fiscalização rigorosa do transporte público. Segundo ele, a prefeitura paga até mesmo por ônibus que circulam sem passageiros. “A prefeitura vai ter que fiscalizar a distância percorrida e quantos passageiros estão usando o transporte coletivo. Não é só o passageiro que paga. Eu prometo a vocês: vai ser fiscalizado”, declarou.

O engenheiro Antonio Santana enfatizou a necessidade de recuperar a credibilidade do sistema. “Teresina está em uma situação muito complicada; o sistema está praticamente destruído. A frota ofertada caiu, e a população buscou outras formas de se deslocar pela cidade. Precisamos reconstruir esse sistema, e esse é um desafio maior do que construir ou manter um sistema. Precisamos retomar a credibilidade do transporte coletivo para atrair a população”, afirmou.

O superintendente da STRANS, Carlos Daniel, mencionou medidas já implementadas, como a fiscalização eletrônica da frota e a atuação de 51 fiscais pela cidade. “Já começamos também a limpar as estações e vamos recuperá-las para que sejam utilizáveis. Além disso, realizaremos convênios com as forças de segurança para que a população tenha tranquilidade ao usar esse serviço público de forma confortável”, concluiu.

Caso  aconteça esse aumento, seja lá quanto for, a população teria a opção de se locomover com os serviços do metrô, que agora está operação com tarifa zero no seu curto percusso de pouco mais de 13 quilômetros dentro da cidade de Teresina. Mostrando que o ônibus ainda é o transporte que mais transporta passageiros para todos os bairros e zona rural da cidadel.

Agora é esperar essa queda de braço sem fim entre empresários e o poder público municipal.

 

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