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Piauí

UFPI expulsa estudante Thiago Barbosa após dois anos do assassinato de Janaína Bezerra

A defesa do estudante ainda pode recorrer da expulsão, com prazo de até 10 dias após a publicação da decisão.

Antes tarde do que nunca. Após quase dois anos do assassinato brutal de Janaína Bezerra, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a instituição finalmente expulsou Thiago Mayson Barbosa, condenado pelo estupro e morte da jovem. O desligamento foi formalizado no dia 19 de novembro, último dia do mandato do reitor Gildásio Guedes, e publicado oficialmente em 21 de novembro de 2024.

Por que a demora?

O processo de expulsão iniciou-se no Centro de Ciências da Natureza (CCN), onde Thiago era aluno do curso de Pós-Graduação em Matemática. A sindicância no CCN foi concluída em março de 2023, mas o caso seguiu para análise das instâncias superiores da UFPI, prolongando o trâmite. A universidade justificou o tempo decorrido pela complexidade do processo, que demandou investigações administrativas paralelas ao andamento judicial.

Justificativa da decisão

A comissão apuratória da UFPI concluiu que Thiago cometeu uma infração grave, passível de desligamento, devido à natureza do delito, que é sujeito a ação penal. A decisão reflete o entendimento da universidade de que a permanência de Thiago era incompatível com os valores e normas institucionais.

A defesa do estudante ainda pode recorrer da expulsão, com prazo de até 10 dias após a publicação da decisão.

A estudante de jornalismo Janaína Bezerra foi morta dentro da Campus da UFPI, em Teresina em janeiro do ano passado – Foto: Reprodução

O caso

Janaína Bezerra foi encontrada morta em 28 de janeiro de 2023, após uma calourada no campus da UFPI. Thiago foi preso no mesmo dia e, posteriormente, condenado a 18 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

A expulsão do estudante, embora tardia, representa um marco no reconhecimento institucional da gravidade do crime e na busca por justiça para Janaína e sua família. O caso também chama atenção para a necessidade de maior celeridade em procedimentos administrativos em situações de violência grave. Que a justiça seja feita.

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