Senadores do Brasil aprovam reciprocidade tarifária e envia recado ao governo Trump
A relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), destacou a necessidade de instrumentos ágeis para defender a economia nacional.

O Senado Federal aprovou, na noite desta segunda-feira, 01, o projeto de reciprocidade tarifária, permitindo que o Brasil adote sanções comerciais contra países que impõem barreiras aos produtos nacionais. A decisão vem em meio a uma escalada de tensões com os Estados Unidos, agora sob o governo Trump, que intensificou a política de “America First” com novas medidas protecionistas.
A proposta, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), foi aprovada por unanimidade e segue para a Câmara dos Deputados. Se sancionada, a medida confere à Câmara de Comércio Exterior (Camex) o poder de agir rapidamente, aplicando restrições a importações e suspendendo concessões comerciais, sem depender de novas votações no Congresso.
A relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), destacou a necessidade de instrumentos ágeis para defender a economia nacional. “Não podemos aceitar que barreiras comerciais afetem nossa competitividade. É hora de mostrarmos que o Brasil tem os meios para se proteger”, afirmou, em tom que mescla firmeza e aquele toque de sagacidade característica do debate econômico contemporâneo.
Câmara Federal
Com o projeto agora na Câmara dos Deputados, a expectativa é que o tema seja tratado com celeridade. Enquanto isso, o governo, mesmo adotando uma postura firme, promete buscar o diálogo e a negociação como forma de mitigar os riscos de um atrito maior com Washington.
Nos bastidores, diplomatas e empresários acompanham os desdobramentos com atenção, cientes de que o cenário de tensão pode ter desdobramentos significativos para o comércio internacional.
A medida sinaliza uma nova era na política comercial brasileira, em que a resposta a sanções protecionistas se torna parte integrante da estratégia para garantir a competitividade no cenário global.
Resta aguardar os próximos passos e observar como o governo Trump reagirá ao recado enviado pelo Senado brasileiro.
Com informações do Senado