
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles (PT), comentou nesta terça-feira (18) a queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região. Em entrevista à CNN Brasil, Fonteles reconheceu a oscilação negativa nos índices de popularidade do governo, mas destacou que Lula ainda mantém ampla aprovação no Nordeste.
“Eu posso falar mais especificamente sobre o Piauí, onde a aprovação do presidente continua acima de 65%”, afirmou o governador. “É claro que houve uma pequena queda, e isso certamente tem relação com a inflação dos alimentos, que, a meu ver, é um problema passageiro e que tem solução.”

De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada recentemente, a aprovação de Lula no Nordeste caiu 16 pontos percentuais entre dezembro e fevereiro. A região sempre foi um dos principais redutos eleitorais do presidente, que, em 2022, obteve cerca de 70% dos votos válidos nos estados nordestinos.
Fonteles também ressaltou que a comunicação do governo pode estar falhando na divulgação das ações e investimentos na região. “A presença do presidente e a comunicação dessas entregas precisam ser aperfeiçoadas para que a população tenha uma percepção mais clara do que está sendo feito”, avaliou.
Inflação dos alimentos como prioridade
Ao ser questionado sobre o impacto do aumento dos preços da comida, Fonteles defendeu que o combate à inflação deve ser prioridade do governo federal. “A inflação, especialmente a dos alimentos, deve ser o foco principal. Com a supersafra que teremos e mais incentivos à produção, tanto da agricultura familiar quanto do agronegócio, esperamos um impacto positivo na redução desses preços”, explicou.
O governador também mencionou a valorização do real frente ao dólar como um fator que pode contribuir para a redução da inflação. “A confiabilidade da política econômica tem estabilizado o câmbio, e o dólar já vem caindo. Esperamos que essa tendência se mantenha, o que pode ajudar ainda mais na redução do custo dos alimentos.”
Apesar da queda na aprovação de Lula, Fonteles acredita que o cenário pode se reverter nos próximos meses. “Acredito que teremos boas notícias em relação aos preços dos alimentos nas próximas semanas e meses”, concluiu.
Com informações de veículos de comunicações