Interdição: grávidas ficam sem atendimento na maternidade Evangelina Rosa
Maternidade fica interditada devido a casos de infecção hospitalar

Muitas grávidas procuraram atendimento na Maternidade Dona Evangelina Rosa e foram mandadas para casa nesta quarta-feira (21), sem saber da interdição ética ocorrida no local, determinada pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí. Até mesmo gestantes que saíram de outras cidades foram mandadas para casa.
Devido à interdição, o local agora só atenderá grávidas com casos de alta complexidade, que envolve mãe e bebê precisarem ficar na UTI.
O caso mais grave registrado nesta quarta-feira foi de uma jovem que não quis ser identificada, grávida de cinco semanas e que apresentou sangramento. O médico conversou com a gestante e pediu para ela procurar outra unidade porque o seu caso não era de alta complexidade. A mulher foi para a Maternidade do Dirceu.
Outro caso foi o da gestante Maria de Jesus que chegou às 07h55 e estava perdendo líquido, mas acabou indo embora porque ficou mais de uma hora esperando pelo atendimento. A grávida foi para a Maternidade do Promorar por conta própria para ser atendida.
Uma grávida que não quis se identificar veio de Barras para atendimento de rotina e também foi mandada para casa após conversar com a médica, que disse que não poderia fazer o atendimento.
“Gastei um dinheiro que eu não tinha para vir para cá fazer a consulta e agora vou ter que procurar em outro lugar”, disse ela.
Decisão de Interditar
A decisão do CRM veio após aumento da mortalidade neonatal e mortes de mães por infecção hospitalar. A situação da Evangelina Rosa, que é a maior maternidade pública do Piauí, foi denunciada em uma vistoria do Conselho Regional de Medicina, juntamente com o Ministério Público Estadual, ainda no dia 16 de junho. Agora, em outra vistoria, foi decretada a interdição parcial.
Fonte: G1