Servidores da Cepisa comemoram reintegração ao emprego após serem demitidos
Liminar proíbe demissões em massa na empresa administrada pela Equatorial

Depois de dias temerosos, os servidores da Cepisa tiveram uma boa noite na manhã desta terça-feira, 30. A juíza Thania Maria Bastos Lima, titular da Vara do Trabalho de Teresina concedeu liminar que proíbe demissões em massa na Cepisa até 30 de abril de 2019, período vigente do acordo coletivo da categoria. De acordo com o Sindicato dos Urbanitários (Sintepi), a decisão anula cerca de dez demissões feitas dentro da empresa logo após assinatura do contrato pela Equatorial Energia, atual administradora da Cepisa.
O presidente do sindicato, Paulo Sampaio, explica que os trabalhadores afastados poderão retornar ao seu cargo e comemora a decisão. “Afastaram engenheiros, eletricistas e auxiliares de administração para que fossem demitidos, mas conseguimos essa vitória muito grande para a categoria. Vencemos uma batalha e agora vamos seguir juntos para conseguir a vitória final”, pontua o sindicalista.
Paulo acrescenta que um Oficial de Justiça já se encaminhou para a sede da Cepisa, na avenida Maranhão para notificar a empresa da decisão. A juíza afirma em seu texto que todos os empregados desligados nesta condição após a privatização devem ser reintegrados imediatamente sob pena diária no valor de R$ 2 mil até o limite de R$ 400 mil, a ser revertida para o sindicato autor.
O sindicalista faz duras críticas a nova administração da empresa que tomou posse no último dia 17 de outubro após a assinatura do contrato de concessão. A Equatorial Energia adquiriu a concessão da Cepisa após leilão da distribuidora piauiense que pertencia a Eletrobras.
Procurada, a Equatorial informou que já foi sido notificada da decisão oficialmente mas que já estava acompanhando o processo. O entendimento da empresa é que não houveram demissões em massa, porém o corpo jurídico da companhia está tomando as medidas cabíveis junto à Justiça do Trabalho.